quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Para os piedosos de si mesmo, a Peconha



Almeirim, 20 de julho de 2014.



Mais moeda me pede
Centavo que és
Como posso te deixar ir
Sem ao menos te dizer

Eu te dou, mas oferto peconha
Pouco tenho, mas faço a peconha
Quer açaí então pega a peconha
Quando desceres terá mais vergonha

Pára de ser vítima
Indigente que és
Enquanto eu tô na lida
Ficas nessa besta queixa

Faz o seguinte, pega o matapi
Vê se te mexe, vai com o matapi
Camarões pulam de seu matapi
Até os pequenos lutam no fim

Não deixe que traíra vença tão fácil assim
Conheci porcos que varavam roçados na cara de macaco

Vai trampar, é suor de farinha
Deixa a frescura, suor de farinha
Pra resultado, suor de farinha
Te sai amoado da vida mesquinha

Caiu uma manga no jirau da tua cozinha
Pra plantar o abacaxi tem que ter a parte da mucura

Tá com pressa? Óleo de andiroba
Teu remédio é a pura andiroba
Paciência, óleo de andiroba
Que escorre só quando escolhe a hora
Pantoja Ramos
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4889075


Um comentário:

  1. De quem é esta foto com a peconha? Quero usar num trabalho científico sem fins lucrativos, posso? Ligia Simonian UFPA

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