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terça-feira, 13 de setembro de 2011

A CRIANÇA E O ADOLESCENTE NO MARAJÓ



Qual o paraense que ainda não viveu uma experiência familiar de “pegar” crianças ou adolescentes do interior para estudar na capital e, na prática, eles irem “ajudar no trabalho da casa”? Até o ano de 2000, a maioria das meninas trabalhadoras domésticas paraenses, saiam do Marajó, especialmente, pela péssima qualidade da educação, reforçada por outros fatores como o ciclo de pobreza e o fato da sociedade encarar o trabalho infantil com naturalidade, até aquele momento.

Hoje, no Dia do Marajó, organizado pelo Programa Viva Marajó, do Instituto Peabiru e patrocinado pelo Fundo Vale para o Desenvolvimento Sustentável, o debate é sobre as redes de proteção e os desafios de encontrar estratégias para garantir os direitos das crianças e adolescentes no Marajó e dia de apresentação de resultados da intervenção de organizações sociais no enfretamento de problemas graves, como a falta de lazer, a banalização do trabalho infantil, a pedofilia.

Cláudia Renata dos Santos, coordenadora do Programa de Enfretamento ao Trabalho Infantil e Doméstico, do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA) vai contar como essa realidade vem sendo transformada e debater saídas para a melhoria da qualidade de vida das crianças e adolescentes no Marajó, através de ações de conscientização das famílias, hoje capazes de atitudes de indignação diante do trabalho infantil, e incentivo de implantação de políticas pedagógicas públicas nas escolas marajoaras, fundamentadas na defesa dos direitos.

A programação do Dia do Marajó é aberta ao público em geral, representantes de organizações sociais e do poder público e a todos os que queiram contribuir para aprofundar questões importantes para a formação de redes de proteção e garantias dos direitos, tema que será apresentado pela representante do Forum Estadual de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes, Nazaré Sá, que falará também sobre a precariedade do ensino, do transporte escolar (fluvial e terrestre) e violência sexual.


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