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sábado, 15 de outubro de 2016

Jê-nacional











Foto dos Pataxós sendo expulsos de suas casas em Cabrália-Ba pela especulação imobiliária.





Belém, 01 de outubro de 2016.



Cortaram a minha árvore
Gene a lógica do vil metal
Tupã meu pai
Sou agora o dono
De um raciocínio que não sai

Mataram os irmãos meus
Filhos da terra que conheci
Mãe que é Gaia
Queria cantar justiça
Ou colorir a vida como jandaia

Canta Jandaia
Canta Jandaia
Verde e amarelo
É a vida com que há de mais belo

Rapto também eu convivi
Dor da carne e sangue inocente
Banto eu sinto
Tendo mil cabelos
Sou o que sou jamais eu minto

Voa Jandaia
Voa Jandaia
A Liberdade
É uma Jandaia com Alteridade

Vim em grande confusão
Um estrangeiro de mão tão alva
Quanto medo
Se eu não entendi
Foram poderosos que me erraram o enredo

Pede Jandaia
Pede Jandaia
Discernimento
É o que nutre, melhor alimento

Somos um juntado de muitas almas
Somos cantores de boas novas
Passarinhada
Se somos falhos
É que as asas não estão saradas

Voem Jandaias
Voem Jandaias
Um carnaval
Quando a felicidade nos é normal


Pantoja Ramos
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5778649

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