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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Lamberto, o Traumatizado: teu ato Chernobyl

Lamberto, o Traumatizado e seu filho Simone (outro traumatizado) conversavam:

"Você assistiu Chernobyl?"
"Assisti, pai".
"Reparaste que o desastre foi causado por um erro após outro erro, após outra burrada técnica, tudo regado pela arrogância do supervisor e políticos que não queriam mostrar que o Estado estava arcaico e que não admitia ser questionado mesmo se tratando de uma provável tragédia?".
"Reparei. Lembrou-me o Brasil de certa forma".
"Por que?".
"Tava na cara que quem estava para ser eleito ia atiçar 'o fogo' nas pessoas, o fogo na Amazônia, o fogo nos direitos, só que regado à estupidez de sua turma. Era uma tragédia anunciada em forma de voto".
"Então temos que evitar que se atice algo mais grave ainda!".
"O que, pai?"
"Que atice a ideia (que nem Chernobil) que a tragédia matou oficialmente apenas 3 pessoas enquanto cientistas estimam o número de vítimas da radiação entre 4 e 90 mil pessoas ao longo dos anos!".
"Caramba! É mesmo... mutuns, tatus, tamanduás, castanheiras, borboletas, igarapés, o casal que morreu abraçado, negros, mulheres, ativistas, indígenas, pessoas com deficiência, idosos, LGBTs... quantos milhares tem sido mortos por este incendiário?".
"Não sei, filho, é uma radiação que ainda se espalha...".



Sem Trauma?




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