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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Solar


                                      Melgaço, 12 de julho de 2014.


Solar
Ouvi que dava certo
Mas dá medo agir
A ideia estava perto
O óleo a me iludir
Melhor manter-me quieto
Intuição vou fingir
Escuro ficou descoberto

Voltei-me para o céu
O que queres me dizer?
Minha mente a revolver
Deve ser solar

Solar
Tão claro como a água
Energia que implante
Dos seres excitante
Arrisco um palpite
Vejo o Homem bem mais livre
Mas sendo solar

Solar
Sem lares afogados
Sem pulmões esfumaçados
Sem gritos amordaçados
Com a benção do Rei
Viveremos novo dia
Vira lastro alquimia
Gente sim solar

Solar
Comum para meu neto
Rotina a luzir
O Sol à Lua inverso
Recarga barco partir
Independente correto
A consciência seguir
Larga a ganância, alerto

Pensa caboclo que veio o tempo
Na voltagem do querer
Na amperagem do saber
Do que é solar

Solar
Tão óbvio o circuito
A lâmpada brilhante
Vê do espaço o migrante
Que lá de cima aviste
Da ciência que existe
Terra é solar

Solar
Com fios conectados
Ao invisível irradiados
Saturno e Órion plugados
São ligados ao infinito
Ciclo fim que inicia
A galáxia bateria
Fonte do solar
Pantoja Ramos
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/4881562

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