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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Ei Balsa! Volta Aqui! - Portel Madeireiro 2017

Caríssimos e Caríssimas,

Primeiramente informo que trago aqui números novos, mas atrasados pela importância de termos isso nas mãos para a mobilização da sociedade em tempo hábil. Entretanto, já podem ajudar na demonstração do quanto Portel, no Marajó, Estado do Pará, precisa valorizar seus recursos naturais e pautar políticas de geração de emprego e arrecadação.

Apresento a seguir a movimentação de Portel em volume transportado e valores financeiros a partir da comercialização de madeira em tora no ano de 2017, segundo dados do IBGE/PEVS (Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura - ver página na internet).

Muitas árvores foram derrubadas e destas, quantas são de manejo e quantas foram exploradas ilegalmente? Como ocorre essa mistura de madeira legalizada e clandestina, prática imoral que empobrece as gerações?







Série histórica do volume de madeira em tora explorado em Portel segundo o IBGE. 


990 mil metros cúbicos se madeira é como se fossem derrubadas no mínimo 50 mil árvores!  Será que essa movimentação envolve somente Portel?


Apresento a seguir a série histórica da movimentação financeira de Portel a partir da exploração e comercialização da madeira em tora:







Série histórica da movimentação financeira de Portel a partir da exploração e comercialização da madeira em tora.

Em 2017, de acordo com o IBGE, a receita gerada envolvendo madeira em tora em Portel foi de 217 milhões de reais. Imagine a arrecadação de Imposto Sobre Serviços (ISS), tributação que vai para os cofres municipais? Se cobrados de 2% a 5% da nota fiscal pela movimentação de veículos que transportam a madeira, no caso, as balsas, chuto aqui numa conta de balcão, arrecadação mínima de R$4.356.000,00, com máximo podendo chegar a R$10.890.000,00. 



Tais valores poderiam reforçar em orçamento o que Portel recebe anualmente do Governo Federal em FPM (Fundo de Participação dos Municípios).





















Pela curiosidade que tenho, resolvi analisar o valor do metro cúbico em tora para entendermos como a valorização das espécies florestais tem ocorrido ao longo dos anos, na razão entre a receita gerada no ano e o volume de madeira em tora comercializado:



Sobre esses valores de madeira, em 2016 fizemos um exercício o IEB, técnicos como eu e lideranças comunitárias de valoração da floresta, que ainda vale para confrontar o preço médio da tora de madeira em Portel em 2017 de R$220,00:

























Sigo na construção de uma conclusão: Não é verdade que o setor florestal madeireiro de Portel está falido. Podem estar decaídas as serrarias da cidade, mas a indústria de exploração de madeira em tora vai muito bem, obrigado.



Ei Balsa! Volta Aqui!

Que levas! Que levas daqui????!







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