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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Lamberto, o Traumatizado: Medida Provisória para um Efeito Permanente

Lamberto, o Traumatizado, cuidava de sua horta quando chegou em casa bufando seu filho Simone (outro traumatizado). "Que foi filho? Por que a gastura?". "Esse peste do Temer e seu ministro disseram que não é mais obrigatória a educação física nas minhas aulas". "Ora, mas não era tu que tinha uma preguiça danada de ir fazer essa aula??", retrucou o pai. "É, mas ninguém tem o direito de tirar a minha escolha de ter preguiça ou não!! Puxa vida, e eu não dava valor...". 

Shana (outra traumatizada),  filha de Lamberto, que escutava a conversa perguntou: "e o que mais saiu da obrigação?". "Sociologia, filosofia e artes". "Artes?? Humm, eu lembro, me dava bem nessa matéria...".

Lamberto ironizou "Olha só, parece que voltamos aos anos 80. Voltamos ao tempo do chevette, da educação moral e cívica, do moedor de carne... se é assim vou cantar Nas Favelas, No Senado, Sujeira pra todo lado, Ninguém respeita a Constituição, Mas todos acreditam no futuro da nação...♫♪". Simone e Shana no refrão "Que país é esse♫♪??!!Que país é esse♫♪??!!". Riram.


Justo Colares, o amigo-pai de Lamberto que brincava com a pequena Maria Aneci e a tudo ouvia, falou para a menina: "é minha filha, são tempos de boçais no poder... se é que já saíram. Mas deixa, a sociologia e a filosofia tão na arte pra resistir", e cantarolou "♫♪Vim de longe vou mais longe, Quem tem fé vai me esperar, Escrevendo numa conta, Pra junto a gente cobrar, o dia que já vem vindo, Que esse mundo vai virar... ♫♪". 






Sem traumas.





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