quinta-feira, 27 de março de 2014

A cor que as mulheres desprezam

                 Belém, 13 de março de 2014.


O Sol já nasceu,
O Sol já nasceu Maria
Findou o tormento
O escuro se desfez

O Sol despontou,
O Sol despontou Maria
Fantasmas correram
Demônios evaporaram

Agora é erguer a voz bem alto
“Eu sou mais eu”
Agora é escolher o salto

O Sol já nasceu,
O Sol já raiou Maria
Tempos de alívio
Pele menos dolorida

A luz preencheu,
A luz preencheu Maria
A íris dos olhos
E te coloriu a alma

O monstro que te fechou as portas
Tornou-se lenda
A causa de suas flores mortas
Se foi, entenda
O que fazia tuas bases tortas
Sumiu, pois tenta
A casa, jardim uma nova rota

A ideia de um novo mundo
Até que é boa
A brisa que refresca tudo
Até ressoa
O plano do grito não ser mais mudo
Agora voa
O ser vivente que renasceu

O Sol apareceu
O Sol apareceu Maria
Chega de sombras
Que o Sol as possa apagar

O Sol já tá alto
O Sol já tá alto Maria
Alerta pro dia
Reis e Rainhas formar

Dor, roxo, grito, choro e pranto
São histórias atrás

Brisa, luz, íris, reis e rainhas
Descobrir o mais

Já nasceu a manhã Maria!


Pantoja Ramos

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4729166

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