Imagem retirada do Livro Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica, de Patrícia Shanley e Gabriel Medina.
Há municípios no Marajó que mantiveram-se até o final dos anos 2000 sem a presença de empresas madeireiras,
apostando sempre no trabalho agroextrativista como gerador de renda e ocupação, com muitas referências no estuário amazônico neste sentido. No surgimento a cada dia de mais casos de relações entre empresas e comunidades para a extração de madeira,
nota-se que mesmo após tantas atividades de mobilização e informação,
comunidades inteiras podem colocar em risco a sua floresta em nome de capital
imediato e relativamente fácil.
Este
consultor, que trabalha desde a década de 1990 no Marajó entende que a organização
social é algo a ser trabalhada continuamente, tanto para a geração de
resultados internos quanto externos, pois a falta de políticas públicas
em sua execução é campo fértil para falsos salvadores.
É na lentidão dos
programas governamentais de créditos, de casas populares, de educação adequada
à realidade agroflorestal e de manejo florestal comunitário e familiar
concretamente factíveis que a extração madeireira predatória ganha espaço no
meio rural, com velhas fórmulas de aviamento sob nova roupagem, ajudadas pela
corrupção até de alguns nativos. Não visualizam as famílias, dos efeitos trágicos da exploração sem
manejo adequado que podem afetar gerações inteiras. Por seus contratos de duvidosos e
quantidade de madeira retirada de uma só vez das localidades, podem ser até
legais tais extrações de madeira, mas são imorais.
A semente
plantada pelo movimento social ainda nos anos 1980 deu frutos. Deu
árvores. Se não for cuidada sempre, “gafanhotos” poderão destruir o que se
conquistou.
Mesmo sendo tratado como a "Voz do Brasil", continuo na reflexão.
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