Almeirim, 20 de julho de 2014.
Mais moeda me pede
Centavo que és
Como posso te deixar ir
Sem ao menos te dizer
Eu te dou, mas oferto peconha
Pouco tenho, mas faço a peconha
Quer açaí então pega a peconha
Quando desceres terá mais vergonha
Pára de ser vítima
Indigente que és
Enquanto eu tô na lida
Ficas nessa besta queixa
Faz o seguinte, pega o matapi
Vê se te mexe, vai com o matapi
Camarões pulam de seu matapi
Até os pequenos lutam no fim
Não deixe que traíra vença tão fácil assim
Conheci porcos que varavam roçados na cara de macaco
Vai trampar, é suor de farinha
Deixa a frescura, suor de farinha
Pra resultado, suor de farinha
Te sai amoado da vida mesquinha
Caiu uma manga no jirau da tua cozinha
Pra plantar o abacaxi tem que ter a parte da mucura
Tá com pressa? Óleo de andiroba
Teu remédio é a pura andiroba
Paciência, óleo de andiroba
Que escorre só quando escolhe a hora
Pantoja Ramos
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4889075
De quem é esta foto com a peconha? Quero usar num trabalho científico sem fins lucrativos, posso? Ligia Simonian UFPA
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