sexta-feira, 26 de abril de 2019

Sociologia



Belém, 26 de abril de 2019.




Formei-me em engenharia florestal.
Engenheiro mais pela estatística do que pela precisão geométrica.
Assim contei possibilidades.


E com a mente aberta fui dialogando com outras ciências, Geografia (questionadora), Biologia (a gente se dá bem pra caramba), História (boa de briga quando provocada), Pedagogia (tão meiga e solidária), Direito (que apesar de parecer metido, é um cara legal se tu prestares a atenção).


Parei até de implicar com a irmã Agronomia, que é mais velha, tão antiga como a Humanidade.


E a partir de um conselho dado pela Filosofia, também fui ao encontro do Serviço Social, que me apresentou à Nutrição, que me disse como era a Medicina, aquela que quis um dia conhecer mas de tão tímido que eu era, fugi.


E de todos os conhecimentos que tive o prazer e a honra de ter interlocução, foi a Sociologia que me encantou, esta que busca entender nossas contradições e potencialidades. Aquela que ajuda as demais senhoras a denunciar os maus tratos que os poderosos fazem à população.


Sim, Sociologia é uma teimosa que ainda bem, nos abre os olhos.


"Ei Pantoja, deixa de ser besta, onde tu tiraste essa de multidisciplinar?".


Lá na Engenharia Florestal, na Fitossociologia. Acredite, se as árvores interagem para ser um todo, por que não podemos ser conjunto também?


Quem odeia a Sociologia é antes de tudo, um recalcado de si mesmo.




Pantoja Ramos

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