Originalmente escrito em Belém, 28 de fevereiro de 2020.
Aula de Geografia lá em SP. Professor indaga:
"Alunos, o que é um estuário?".
A mocinha sentada na primeira fila levanta a mão e responde firme:
"Estuário é a embocadura de um rio, sensível aos efeitos das marés, professor".
"Correto! Alguém cite um exemplo de estuário".
A mesma aluna prontamente complementa:
"O Estuário do Rio Amazonas".
"Correto!! Decoraste bem a lição".
Enquanto isso, uma estudante olha pro céu em busca dos pássaros que sempre pousavam no pátio em busca de migalhas de bolacha. Divagava.
O professor percebendo sua falta de atenção, pergunta para tentar tirar-lhe do suposto limbo:
"Você".
"Eu?".
"Sim. Você. Descreva o Estuário do Rio Amazonas".
A estudante dobrou o olhar para a parte esquerda da cabeça, na procura de palavras até expressar:
"Bom, acho que o Estuário do Rio Amazonas é o abraço do maior rio do Mundo na gente para contar da sua alegria em aventurar-se desde lá dos Andes, se despedindo, para assim correr ao Mar que vem a cada seis horas para dizer que está tudo bem com ele".
"Você está muito equivocada, minha cara. De onde tiraste isso! Rá-Rá! Alguém tem uma pergunta pra essa viajante?".
A aluna da primeira fila, pensativa, levantou a mão:
"Você está dizendo que o Rio Amazonas é um ser vivo??!".
"Que nem a gente".
"Isso não tem lógica! Não tem lógica... Não tem... Não tem... Será?".
Primmm!!
Fim da aula.
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