Caríssim@s,
Envio abaixo o poema de Gracionice Costa, ex-presidente do STTR de Portel, moradora do Igarapé Arataú, rio Pacajá.
Um texto que pede socorro diante da grilagem e intimidação de empresas madeireiras às famílias locais.
------------------
OH! MINHA VIDA CORRE
RISCO
Nos altos do rio Pacajá
Igarapé Arataú e seus
vizinhos correntes
Populações habitantes
jazem em
Situações gritantes
La vou eu em um barco
de linha
Lotado de bons e ruins
As águas sendo poluídas
Por lixo jogado enfim...
Ainda pela madrugada
Pegar po po ou rabeta
Chegar para reunir
Deparar com muita
tristeza
A terra sendo invadida
Por grilagem de muitas
empresas
A floresta sendo
derrubada
Sem dó e nem piedade
Minha vida corre risco
Minha vida corre risco
Ficar sem terra e floresta
A água também se
evapora
O que resta pra mim
ameaça
E o povo ficando em
desgraça
Minha vida corre risco
Minha vida corre risco
O que podemos fazer
Se por traz tem apoio
de estado
As instâncias de apoio
a direito
Já estão quase todas
acabadas
Minha vida corre risco
Minha vida corre risco
Amazônia tão linda e
rica
Dando asas ao
capitalismo
Os ricos grileiros
bancando
A campanha dos maiores
políticos
Minha vida corre risco
Minha vida corre risco
Arataú, Portel, Pará,
10 de outubro de 2017.
Uma ribeirinha
agroextrativista, trabalhadora rural que ama sua raiz (Gracionice Costa).
Nenhum comentário:
Postar um comentário