Primeiramente informo que trago aqui números novos, mas atrasados pela importância de termos isso nas mãos para a mobilização da sociedade em tempo hábil. Entretanto, já podem ajudar na demonstração do quanto Portel, no Marajó, Estado do Pará, precisa valorizar seus recursos naturais e pautar políticas de geração de emprego e arrecadação.
Apresento a seguir a movimentação de Portel em volume transportado e valores financeiros a partir da comercialização de madeira em tora no ano de 2017, segundo dados do IBGE/PEVS (Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura - ver página na internet).
Muitas árvores foram derrubadas e destas, quantas são de manejo e quantas foram exploradas ilegalmente? Como ocorre essa mistura de madeira legalizada e clandestina, prática imoral que empobrece as gerações?
990 mil metros cúbicos se madeira é como se fossem derrubadas no mínimo 50 mil árvores! Será que essa movimentação envolve somente Portel?
Apresento a seguir a série histórica da movimentação financeira de Portel a partir da exploração e comercialização da madeira em tora:
Em 2017, de acordo com o IBGE, a receita gerada envolvendo madeira em tora em Portel foi de 217 milhões de reais. Imagine a arrecadação de Imposto Sobre Serviços (ISS), tributação que vai para os cofres municipais? Se cobrados de 2% a 5% da nota fiscal pela movimentação de veículos que transportam a madeira, no caso, as balsas, chuto aqui numa conta de balcão, arrecadação mínima de R$4.356.000,00, com máximo podendo chegar a R$10.890.000,00.
Tais valores poderiam reforçar em orçamento o que Portel recebe anualmente do Governo Federal em FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
Pela curiosidade que tenho, resolvi analisar o valor do metro cúbico em tora para entendermos como a valorização das espécies florestais tem ocorrido ao longo dos anos, na razão entre a receita gerada no ano e o volume de madeira em tora comercializado:
Sigo na construção de uma conclusão: Não é verdade que o setor florestal madeireiro de Portel está falido. Podem estar decaídas as serrarias da cidade, mas a indústria de exploração de madeira em tora vai muito bem, obrigado.
Ei Balsa! Volta Aqui!
Que levas! Que levas daqui????!
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