Chaves das estrelas, da mansidão e da imensidão
Agosto de 2011
“Duas coisas me deixam maravilhado...o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim...” - Immanuel Kant.
Nas horas quatro do dia 9 de agosto de 2011 acordei e fui para a proa do barco. Não me lembro de ter visto céu mais estrelado do que este a caminho de Chaves, na ponta noroeste do Marajó. Tão nítida a Ursa Maior e outras constelações que iluminavam o teto do Mauá, transporte que nos trouxera de Macapá, que me senti um afortunado pela vista e por descobrir mais um município marajoara.
Chaves é uma localidade verdadeiramente estuarina, no rabeta do Amazonas e no sopro do Atlântico, de praia, sim praieira, porém sedimentada do barro trazido pelo Grande Rio. Areia marrom.
Ventilada, Chaves nos seus primeiros pisares é um amplo olhar para os principais prédios, entapetados por um gramado enorme, cortado por via central de cimento e pelo pisoteio dos jogadores de futebol em final de tarde, vez ou outra correndo atrás da bola para que não caia na lateral dos barrancos até o rio. Uma ponte de duzentos e poucos metros é mirada por um dos goleiros. Trave de bambu. Refletor natural funcionando até às seis e meia.
Das cidades que visitei ultimamente, arrisco apontar Chaves como uma das mais limpas, de camburões de lixo espalhados de forma organizada e pouca sujeira a chegar no chão. Cidade de balanços e gangorras disponíveis para a molecada, de colorir o coração, cordialidade a todos apresentada, apesar da rotina de cada morador se rever. Bons ares. É o tipo de lugar bom para voltar, se engajar, porque tudo na cidadela parece perto e encontrado e se pactuado, possivelmente resolvido.
Poucas vezes me senti tão sozinho e tão bem recebido. Imaginar lá ao longe o oceano, acobertado de estrelas ainda mais luminosas. Chaves, no Marajó, um começo, um fim. Depende do estado de espírito de quem vê.
“Duas coisas me deixam maravilhado...o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim...” - Immanuel Kant.
Nas horas quatro do dia 9 de agosto de 2011 acordei e fui para a proa do barco. Não me lembro de ter visto céu mais estrelado do que este a caminho de Chaves, na ponta noroeste do Marajó. Tão nítida a Ursa Maior e outras constelações que iluminavam o teto do Mauá, transporte que nos trouxera de Macapá, que me senti um afortunado pela vista e por descobrir mais um município marajoara.
Chaves é uma localidade verdadeiramente estuarina, no rabeta do Amazonas e no sopro do Atlântico, de praia, sim praieira, porém sedimentada do barro trazido pelo Grande Rio. Areia marrom.
Ventilada, Chaves nos seus primeiros pisares é um amplo olhar para os principais prédios, entapetados por um gramado enorme, cortado por via central de cimento e pelo pisoteio dos jogadores de futebol em final de tarde, vez ou outra correndo atrás da bola para que não caia na lateral dos barrancos até o rio. Uma ponte de duzentos e poucos metros é mirada por um dos goleiros. Trave de bambu. Refletor natural funcionando até às seis e meia.
Das cidades que visitei ultimamente, arrisco apontar Chaves como uma das mais limpas, de camburões de lixo espalhados de forma organizada e pouca sujeira a chegar no chão. Cidade de balanços e gangorras disponíveis para a molecada, de colorir o coração, cordialidade a todos apresentada, apesar da rotina de cada morador se rever. Bons ares. É o tipo de lugar bom para voltar, se engajar, porque tudo na cidadela parece perto e encontrado e se pactuado, possivelmente resolvido.
Poucas vezes me senti tão sozinho e tão bem recebido. Imaginar lá ao longe o oceano, acobertado de estrelas ainda mais luminosas. Chaves, no Marajó, um começo, um fim. Depende do estado de espírito de quem vê.
Pantoja Ramos
Enviado por Pantoja Ramos em 16/08/2011
Código do texto: T3163233
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