Marluce Moraes -
conhecida artisticamente como Dama Negra - nasceu em Breves, no Marajó, Pará.
Nasceu, cresceu e aprendeu a ler à margem do rio Parahuaú.
Formada em Letras pela Universidade Federal do Pará, tem se
dedicado desde a adolescência a escrever poemas advindos de uma alma inquieta
que possui. Seus trabalhos viajam no tempo exterior e interior, misturando
estilos diversos.
A Dama Negra de Breves é uma poetisa multifacetada: vai do
regionalismo amazônico dos botos, igarapés e açaizais, passando pelo sentimento
bucólico, intensidade do romantismo e modernidade para construir uma poesia
rica, ao mesmo tempo intimista, universal, mas com toque marajoara.
Abaixo, um dos poemas do livro FACES, de Marluce Moraes:
"Mar(a)Jó
Meu nome não é um poema,
mas há quem reconheça nos meus olhos
a poesia e a musicalidade do rio.
Sou a margem plácida com açaizeiro no cio,
porque meu nome é Terra,
é igapó,
é canoeiro.
Meu horizonte é proa,
miriti boiando,
as talas do paneiro
que vai secando como um rio que desce goela abaixo.
Meu nome é sol,
chuva e vazante,
Sou enchente, serpente e mururé.
Sou aquilo que passa por entre a massa que por mim passa.
A beleza que mil desatentos não preservam.
Sou terra líquida,
forte e consistente.
Sou chão,
o pão,
o berço,
o terço,
a sepultura,
a luz do dia,
a noite escura,
sou minha gente.
Mar(a)Jó!".
Para saber mais sobre a autora, recomenda-se ler: FACES - Poemas
Dama Negra de Breves, mistura de intimismo e universal a
serviço da poesia no Marajó.
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O Projeto Lançante é uma iniciativa do Blog Meio Ambiente,
Açaí e Farinha de divulgação de ilustres pensadores do Marajó e jovens que
começam na arte da escrita.
Leia, escreva, cresça e apareça!
Vamos Lançante, escorrei mundo afora!
ótimo bom demais..parabéns DAMA NEGRA!
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