Marx, 204 anos depois
Manoel Tourinho, agrônomo, sociólogo, professor aposentado da UFRA e membro do Movimento 17 de Abril, Renasce UFRA.
A polêmica em torno de suas ideias continuam. Nasceu no dia 5 de maio, na Alemanha. Várias ocupações lhe são adscritas: jornalista, economista, filósofo, sociólogo. Na verdade, um grande pensador. Evolucionista, fazia “caminhos & pontes” entre a evolução biológica e a evolução da sociedade. Por isso sua concepção teórico-metodológica apresenta inúmeras dificuldades porque transam com a complexidade dos sistemas político, econômico, social e cultura. Os regimes de governos ditatoriais, conservadores e até mesmo liberais, fogem e condenam aqueles que usam os referencias marxistas para analisar o desenvolvimento econômico capitalista e mostrar as suas chagas. Nos regimes esquerdistas – Rússia, China, Cuba, o medo é o mesmo porque ao usar os referenciais da produção coletiva, deformam os conceitos de socialismo quando lhes agrega o controle e a violência pela ação do Estado. É por isso que Frei Beto, nas didáticas páginas do seu livro “O Marxismo Ainda é Útil? (Cortez,2019), nos diz que “[...] o marxismo não se confunde com os marxistas que o utilizaram para disseminar o medo, o terror e sufocar a liberdade religiosa...” O marxismo segundo o Frei é um método de análise da realidade. E, mais do que nunca, útil para se compreender a atual crise do capitalismo que entre tantas e tantas maldades nos trouxe a mais acentuada desigualdade social entre a população do mundo; dos 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta, 4 bilhões vivem abaixo da linha de pobreza e 1,2 bilhão padecem de fome crônica... além da pandemia do COVID-19 cujas geratrizes passam sem dúvida por “pegadas ecológicas” além do manejável e tolerável, fruto do consumismo exagerado.
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