Lamberto foi um menino nascido em 1980, iniciado em tecnologias eletrônicas, mas cultivado em terra dura do conservadorismo em fim de ditadura militar. Atualmente (2015), tem picos de afloramento de todo o trauma da infância e adolescência, otimizadas pelas contradições do século XXI.
Lanço suas histórias a partir de hoje.
Seu nome em si foi um trauma. Não o registraram Gilberto, nem Roberto, nem teve sequer apelido Bebeto.
Seu pai escolheu o nome bêbado, dizendo ao homem do cartório em fim de expediente de sexta-feira que o nome seria Lamberto, fruto da memória do desenho da Disney em preto e branco sobre Lambert, o Leão Acanhado. O homem do cartório aportuguesou seu registro
Ainda no colo, coitado, Lamberto escutava assim seu primeiro jingle de Bulling da voz embrulhada do pai:
Lambert, o leão acanhado,
ele vive querendo ser o valente,
mas é só um leão molenga..."
Cresceu na anedota dos colegas, que repetiam a musiquinha até ela se perder com o tempo. Hoje o tal desenho chama-se Cordélio, o leão cordeirinho, mas ficou o drama e melodrama que se for possível, descreverei de vez em quando.
Sem traumas.
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