Arapari, Barcarena, 26 de julho de 2017.
Eu me sinto um inseto
Mas você é mais inseto
Pois ao menos respeito Tupã
Iavé e tudo que é sagrado
Ingrato
Tu és mau filho da Terra
Enquanto teu cano berra
Encerra
A vida de quem queria paz
Rimar em luto triste jamais
Mas como evitar se mais
João da luta aqui jaz
Maria da fé ali Jaz
Não
Não digo só Saudade
Presente!
Não quero estar por perto
De um gueto a céu aberto
De capim vermelho de sangue
De um grito que se arranque
De um gado envenenado
A pá , cupim pra ser assado
Grilado
É eu sou grilado
Pois pode haver um país
Que abate os seus compadres?
E Frades?
E Madres?
Irmãs?
Manhãs?
E Esperanças?
E Mansas?
Ah grilo é sinonímia de matança!
Hipócrita
Sim eu sou hipócrita
Enquanto como costela
Um sonho vira quimera
Enquanto como bisteca
Comodidade me cega
Jagunço tiro de alerta
Acampamento alerta
"Direitos humanos" alerta
É certo um fuzilamento
Entendo
Isso é coisa que passe
No Face, Tv ou no zap
Que o Agro é novo emblema
Do velho coronel do sistema
Agora tem até tatuagem
Pra ser tão moderninho
Não passa de um gafanhoto
Escroto,
Pensamento mesquinho
Só que ei! Cuidado
Quando comer uma alcatra
Repare repare irmão
Se não geras escravocrata
Repare, repare mana
Se a carne da ave engana
Se ela veneno brutal
Nem a pau! Nem a pau!
Se ela hormônio animal
Nem a pau! Nem a pau!
Só que
Continuo um hipócrita
Assisto meu futebol
Assisto tudo normal
Assisto o comercial
De um banco e um frigoboi
Que arrombam o que era e não foi
Qual é meu percentual
Nesta história sem final?
Sem começo e sem fim?
Sem um fim qual o começo?
Mas pensando eu bem mereço
Pois eu sempre pago o preço
De um bife acebolado
De um PF caprichado
De um ser esfomeado
Sem começo e sem Fim?
E um boi a rir de mim
nesta terra de Caim
Fala irmão de matadouro
Enquanto meu pasto é ouro
Tu é resto pobre homem
Mais uma cruz e mais um nome
Um nome
Um nome
Um nome pro gafanhoto
Um nome
Um nome
Um nome pra este grilo
Um nome
Um nome
Um nome pra tudo isso...
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