Ispia Nobres,
Eu entendi a sequência que fizestes
e a quantidade de "Amazônias".
Amazônia 1.0, 2.0, 3.0...
Amazônia 4.0.
E vi que os palitos que usaram para tal conferição
não é que foram indústrias?
Mas estas mesmas indústrias deslocando-se no tempo não foram
Do pau-brasil?
Das drogas do sertão?
Da borracha e seus soldados?
Da madeireira?
Do palmito?
Dos correntões?
Vós estais certo dessa conta?
Porque prestando contas assim
Pessoas escravizadas
Nativos massacrados
Deslocados
Desmatados
Sedentos
Balsas circulantes de mognos e agora ipês para adornar tronos
Conflitos terminados por dois homens em uma moto
Vale continuar?
Ah é, é a quarta revolução.
Algoritmizada.
De ativos.
De acionistas em seus novos bunkers a jogar a vida nossa.
Uberizados os direitos.
Créditos de carbono em bolsas de futuro.
Os deles.
De instrumentos de comunicação não inclusivos.
É nessa quarta revolução industrial que apostam?
Não sei se é o melhor ponto de partida e de vista.
Não daqui de onde escrevo.
Na verdade, eu não somaria.
Foi subtraída a Amazônia.
Traída.
Atraída.
Por outro lado, do avesso das coisas, eu elevaria à potência certos valores da Amazônia.
À potencia a ancestralidade.
À potência eu elevaria os amazônidas, nascidos e não nascidos que em comum a amam.
Incluídos vós e eu.
Que em comum compartem, racionalizam, reagem.
Eu não somaria Amazônia 4.0... mas se sua conta está certa,
fazendo as contas, deixa ver... corta aqui, corta lá, noves fora,
Vejam só: eu fiquei de fora.
Aquela nação indígena ficou de fora.
Aquela comunidade quilombola ficou de fora.
Lugares e falas em descarte.
Só a burguesia manteve-se, acumulando, acumulando, somando, somando:
Amazônia 1.0, 2.0. 3.0.
Amazônia 4.0.
(Postei e sai remando...).
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