Lamberto foi um menino nascido em 1980, iniciado em tecnologias eletrônicas, mas cultivado em terra dura do conservadorismo em fim de ditadura militar. Atualmente (2015), tem picos de afloramento de todo o trauma da infância e adolescência, otimizadas pelas contradições do século XXI.
Lanço suas histórias a partir de hoje.
Seu nome em si foi um trauma. Não o registraram Gilberto, nem Roberto, nem teve sequer apelido Bebeto.
Seu pai escolheu o nome bêbado, dizendo ao homem do cartório em fim de expediente de sexta-feira que o nome seria Lamberto, fruto da memória do desenho da Disney em preto e branco sobre Lambert, o Leão Acanhado. O homem do cartório aportuguesou seu registro
Ainda no colo, coitado, Lamberto escutava assim seu primeiro jingle de Bulling da voz embrulhada do pai:
Lambert, o leão acanhado,
ele vive querendo ser o valente,
mas é só um leão molenga..."
Cresceu na anedota dos colegas, que repetiam a musiquinha até ela se perder com o tempo. Hoje o tal desenho chama-se Cordélio, o leão cordeirinho, mas ficou o drama e melodrama que se for possível, descreverei de vez em quando.
Sem traumas.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
NO TEMPO EM QUE SE ESCREVIAM CARTAS DE AMOR NO MARAJÓ
Reflexão de abertura do evento de lançamento do projeto Embarca Marajó, apoio do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal. Este projeto será executado pelo IEB (coordenação), Instituto Peabiru e Instituto Vitória-Régia.
Breves, 24 de fevereiro de 2015.
Era uma vez, num tempo em que as pessoas escreviam mais cartas do que hoje em dia, uma moça do Mapuá (Breves) conheceu um rapaz do rio Canaticu (Curralinho) numa festa em Gurupá. Naquela noite, os fogos no céu da festa de São Benedito iluminaram seus olhos espelhando o amor.
Ele era todo cheio da prosa, ela era bastante tímida. Enamoraram-se.
O rapaz foi para seu canto. A moça para o dela. Decidiram que iriam trocar correspondência e assim regavam suas saudades.
Ele escrevia cartas de amor para a moça, cheia de frases poéticas e rimas em nome da paixão:
“Tu és a estrela do céu a canção
tu és a envira do meu coração
rasgando meu peito de cima pra baixo
matando de amor um pobre de um macho”
Ela não respondia.
Ele se matava no escrever.
“Flor do igapó,
somos nós um só
de um reino Marajó..."
Ela nada...
O rapaz já achava que sua amada não gostava dele, não respondia, não escrevia. Até entendia que ela era quieta, mas precisava de uma resposta que fosse, um sinal, pois os apaixonados precisam disso para se manter esperançosos.
Eis que chegou um dia uma carta assim escrita:
O rapaz não entendeu nada da carta. Guardou-a na carteira velha, mostra de sua dedicação em ter qualquer lembrança.
Um dia o rapaz veio a Breves cuidar de assuntos de educação, já que era professor.
Um dia a moça do Mapuá visitou a agência barco da Caixa Econômica para resolver assuntos de aposentadoria da avó.
Encontraram-se no porto. A felicidade estampou-se nos rostos.
Quanto tempo!
Quanto tempo!
E beijaram-se. Por mais que fossem tímidos e educados, não se aguentaram e beijaram-se novamente.
Depois da emoção e coração estarem mais serenos, conversaram sobre a vida e ela elogiou as cartas, lidas com muito carinho.
Ele ficou feliz pela opinião da moça e aproveitou, abrindo a carteira e mostrando aquele pedaço de papel amassado com a cartinha enviado por ela.
“Meu amor, vi sua carta, me emocionei, mas confesso pra tu que não entendi muito não”.
Ela pegou a carta e disse com um sorriso meigo e cativante:
“Ó meu amor, não é você que é tão cheio da prosa?
Eu disse:
Moral da História: o amor pode escrever certo por linhas tortas.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
sábado, 31 de janeiro de 2015
Poesia de Expedito, o Sindicalista-Poeta
“Vocês que se forma hoje
É o futuro de uma nova era
Era de paz e justiça
É o que todos espera
De homens inteligentes
Que tenham na sua mente
As coisas essenciais
No papel de cidadão
Que exerça sua função
Naquilo que for capaz
Quem tem pedra, joga pedra
Quem tem espinho, joga espinho
Mas eu ofereço flores
Para ser postas em seu caminho...
De vocês vão avante
Tenham um futuro brilhante
Cheio de grande alegria
De homens civilizados
E que você seja mergulhado
Num mar de sabedoria.”
É o futuro de uma nova era
Era de paz e justiça
É o que todos espera
De homens inteligentes
Que tenham na sua mente
As coisas essenciais
No papel de cidadão
Que exerça sua função
Naquilo que for capaz
Quem tem pedra, joga pedra
Quem tem espinho, joga espinho
Mas eu ofereço flores
Para ser postas em seu caminho...
De vocês vão avante
Tenham um futuro brilhante
Cheio de grande alegria
De homens civilizados
E que você seja mergulhado
Num mar de sabedoria.”
Expedito Ribeiro de Souza, Sindicalista e Poeta Morto no início da década de 1990.
(Discurso de Formatura em Escola do município de Rio Maria-Pa).
(Discurso de Formatura em Escola do município de Rio Maria-Pa).
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo na Visão de Milton Santos: Marajoaras, onde nos encontramos neste jogo[1]?
Caríssimos
e caríssimas marajoaras,
Milton Santos é um dos principais
geógrafos de todos os tempos, reconhecido internacionalmente. Baiano de origem
pobre, Santos tornou-se uma referência universal na análise dos efeitos de
modelos econômicos capitalistas no dia a dia da população menos favorecida, a
grande maioria nestes bilhões de habitantes que somos. Este estudioso ajudou a
quebrar a caracterização com que se dividia o mundo no período de 1950 até os
anos 1990, marcado então pelo Primeiro Mundo (Bloco de países liderados pelo
capitalismo dos Estados Unidos), Segundo Mundo (liderados pelo Socialismo da
União Soviética) e Terceiro Mundo (formado pelos países ditos subdesenvolvidos
encontrados principalmente no Hemisfério Sul). Foi a ladainha que ouvi enquanto
aluno, de um enorme preconceito entre as nações, reduzindo-nos. Saber o caminho
que levou a humanidade após o fim da Guerra Fria e entender a influência deste
evento em outros países e seus territórios, como no caso do Marajó, é uma forma
de nos posicionar diante dos processos em curso. Aqui vai minha pá de
provocação e disposição às críticas que surgirem. O importante sempre é a reflexão.
Com a voz agora predominante do antigo bloco
formado pelos Estados Unidos, criou-se campo fértil para ideologias que
finalmente pudessem levar a cabo o que o capitalismo mais desejava e que é a
sua essência: chegar ao cúmulo de si mesmo. Uma dessas tentativas chama-se
Globalização. Uma de suas ferramentas metodológicas: Neoliberalismo. O azeite
desta engrenagem: a Mídia. E foi no
momento que a voz de Milton Santos me explicava[2] sua visão sobre a nova
polarização do planeta humano, percebi como devemos nos identificar cada vez
mais fortemente como Marajoaras. Como Marajó! Pois é na nossa identificação e
valorização de nossa origem que pode estar uma das formas de melhorar nossas
condições de vida, cidadã acima de tudo. Isso passa pelo entendimento do que se passa em nosso tempo. O geógrafo novamente aponta para três mundos:
Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo.
O Primeiro Mundo desta vez é o mundo que a
Globalização deseja convencer você e eu, de beleza, de ostentação, de cartazes,
do carrão, da comunicação, da comida, da roupa chique e da “hora”, da atriz, do
ator, do cantor e da cantora, estes quatro últimos não propriamente talentosos,
porém adaptados a nos enviar uma mensagem que ganhar financeiramente é o ideal
na vida. O Homem não seria mais o centro do Universo, e sim o Dinheiro. É um
Primeiro Mundo que mostra que lá fora, que a cidade cosmopolita e ultracapital,
que os outros são melhores. Empresas multinacionais apostam alto e tem lucrado
na mesma proporção para chegar a mim e a você a nos seduzir, com sucesso muitas
vezes temos que admitir. São enxurradas de comerciais. São filmes hollywoodianos
a fazer bilhões de pessoas consumirem aquilo que lhes é de interesse. Para
isso, é lançado o filme e o livro do filme, num piscar de olhos que tiram a
vontade aos poucos, de ler e atentar para a arte que nos cerca. Tudo, dinheiro e propaganda estão bem entrosados para manter o estado de coisas. Não é à toa que nas últimas pesquisas do PNUD,
órgão que monitora a situação social dos países, 1% apenas da população (elite)
será detentora em 2016 de 50% de toda a riqueza mundial. É um jogo de máscaras
internacional que tem enriquecido os mesmos jogadores e dado valor à Renda Per Capita (renda por cabeça) em
detrimento do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) para demonstrar o que importa
neste tabuleiro que vivemos e sobrevivemos. Uma disputa em que você é apontado
como jogador, cujas regras não são claras e são cochichadas por aqueles que
irão te fazer perder. Aparentemente libertário, democrático, mas te subtraindo
sem que saibas. Tudo combinado.
O Segundo Mundo é dito por Milton Santos como
o da realidade. A Globalização como ela é na verdade. Da exclusão, da
marginalização, de especulação, das milhares de pessoas retiradas de seus lares
por novos projetos, apesar dos estudos socioeconômicos e ambientais mostrarem
que outras vias seriam possíveis e menos impactantes. Porque tá na cara que
projetos hidrelétricos tem como maior incentivador a indústria do cimento e do
ferro, isso os impulsiona, não a capacidade de geração de energia. Aliás, é sim
para gerar energia, mas não para os municípios paraenses a princípio, e menos
ainda para os moradores daqueles municípios que não estão na cidade. Não, se
quer saber, Belo Monte não foi feito para o povo. Altamira é testemunha,
terceira cidade mais violenta do país. Prometeram mundos e fundos, só o saque restou. Não, Energia alternativa não é
prioridade. Na Ilha das Araras, em Curralinho, existe um projeto de geração de
energia solar, gerenciada por empresa privada que atua em todo o Pará com o
aval do Governo Federal, através do Ministério das Telecomunicações. Deixa ver
se eu entendi: projeto de energia alternativa, de fonte gratuita sob controle
de empresa privada de considerável porte? Então foi feito para não dar certo
tal iniciativa. Diante da Globalização, somos nós marajoaras, meras caricaturas
de turismo aqui e ali, televisionadas no sul-sudeste de que aqui é tudo é
paraíso e exótico. Sim, a Globalização em mídia novelesca quando nos visitou,
tentou passar isso. Sorte que existem outros canais mais responsáveis que
tentam mostrar o que de fato acontece.
E assusta ver feijão e milho que
não geram outras plantas e que são dominadas por uma indústria planetária, a
Monsanto. Porque assusta ver a agricultura familiar no Nordeste Paraense ser
afundada pelo agronegócio, enganando muitos agricultores pela promessa “a gente
planta dendê em sua terra, você praticamente não fará nada e ganhará com
isso...”. O que ganhou afinal? Se a característica principal do trabalhador
rural é a sua autonomia, sua liberdade, diria que muitos vêm procurando donos,
grilhões. Ou estamos acostumados com
isso? Com um Estado Brasileiro empossando uma ideóloga que combate o direito
dos povos indígenas como a atual Ministra da Agricultura, está arredada a
cortina: é o interesse da bancada ruralista mais forte para diminuir mais ainda
aquilo que é básico para os povos da floresta e agricultura familiar. Eu besta
sonhava ver a EMBRAPA realizando pesquisas no Marajó nos próximos 4 anos. Mas a
EMBRAPA é do Ministério da Agricultura. É uma ciência que já tem endereço. Eu
ainda aposto que em 8 anos as prefeituras conseguirão atender os 30% mínimos de
compra da produção local para a merenda escolar. É a luta da tapioca do norte
contra o biscoito do sul. É a luta para uma criança beber água de qualidade na
sua escola, lá na sua comunidade. Somos, caros marajoaras, 500 mil almas como
diria um sábio da região geradores de poucos votos. Poucos olhares
governamentais. Poucos investimentos em mudança de estrutura. Em Chaves chegará
o Linhão, um avanço que deve ser reconhecido. Entretanto, nunca vi lugar mais
abençoado pelo vento. Vai soprar nossos cabelos e não chegará à tomada. Pra quê
chegar isso? Não dá dinheiro, só bem-estar. Não é suficiente. Você vale o que
você tem no bolso. Essa é dura realidade do Segundo Mundo dita por Milton
Santos. Um fundamentalismo pautado no ganho financeiro. Cadê a Democracia?
Outra humanidade é possível. É o Terceiro
Mundo do consagrado Geógrafo. Uma outra forma de Globalização que valoriza a
reconhece as iniciativas locais. Que leva em conta o açaí nativo e sua
importância social e ambiental para nossa região, não um simples novo
produto-exportação mundial. Que visualiza ações concretas de educar o jovem
peconheiro a saber ganhar e gastar seu suado dinheirinho na safra, longe dos
diversos tipos de entorpecimento e prostituição. Que não tolera mais
expropriações dos recursos naturais de forma irresponsável a endinheirar
pessoas relacionadas com o Primeiro Mundo, o da ilusão para milhares, a fortuna para pouquíssimos. O Marajó sabe o que passou pelo palmito, pela
madeira, pela borracha. Aprenderá a valorizar a si próprio? Contribuiremos para
uma condição humana digna? Um Mundo em que o Ser Humano voltaria a ser Justificável
perante a Ecosfera? Neste Terceiro Mundo tem economia, tem comercialização, mas
tem justiça. Tem Natureza. Tem Cultura. Tem equilíbrio. Tem tolerância.
Milton Santos incentiva que todos sejam
eternos estudantes para mudar a História, pois segundo ele, “a clarividência é
uma virtude que se adquire pela intuição, mas, sobretudo pelo estudo...”. Ele
se foi fisicamente em 2001, mas mostrou nos últimos olhares para a câmera a fé
que tinha de que lá na frente será obtido este Terceiro Mundo.
Sim, porque outro Mundo é possível.
[1]
Nota: Recebi crítica e fiz autocrítica de que
é preciso relatar o quanto trabalhamos pelo Marajó. Envio assim cartas aos
amigos, a forma mais confortável que encontrei para dissertar. Só desejo a
reflexão-ação-reflexão, nada mais.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Cisterna Caseira
Experiência minha em captação de água da chuva para uso em jardins e lavagens em geral.
Cisterna Caseira.
A cada 2 dias, 200 litros capto fácil, fácil.
Cisterna Caseira.
A cada 2 dias, 200 litros capto fácil, fácil.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Empate no Projeto Jari - Pará / Manifesto das Comunidades de Repartimento dos Pilões e Vila Nova
Ao longo dos séculos as populações tradicionais da Amazônia têm sido penalizadas pelos processos econômicos de colonização. Saque de riquezas, execução de índios, negros e extrativistas tem sido o enredo. São estas populações que compartilham todos os tipos de passivos sociais e ambientais, enquanto uma pequena parcela da sociedade concentra as riquezas.
Foto (ASMIPPS)
No sentido de ampliar os nossos
direitos e garantir a vida de gerações futuras,
que nós extrativistas das Comunidade de Repartimento dos Pilões e Vila Nova, do distrito de Monte Dourado, município de Almeirim, oeste do Pará, região o Baixo Amazonas,
Amazônia brasileira, vimos a público
esclarecer sobre o Empate organizado no fim de dezembro
de 2014, pela população extrativista contra a exploração de madeira pelo Grupo Jari em nosso território:
1) 240 pessoas, aproximadamente 70 famílias moram no território de 61 mil hectares das Comunidades de Repartimento dos Pilões e Vila Nova há mais de cem anos. Nela sobrevivemos do extrativismo da castanha, cipós, copaíba, andiroba, cumaru, jatobá, preciosa, da pesca, da caça e do cultivo do cacau, mamão e de hortifrutigranjeiros;
2) É a partir dos recursos da floresta que podemos garantir a sobrevivência e a reprodução econômica, social, política e cultural de nossos idosos, adultos, filhos e netos;
3) Esclarecemos que o Projeto Jari, instalado na região desde 1968, período marcado pela ditadura civil militar, passou a controlar enormes porção do território da região. Ao longo dos anos a ação dos
sucessivos empreendedores tem sido marcada pelo desrespeito aos direitos das populações locais, ameaças, coerção pública e privada;
4) No fim do ano passado a empresa passou a extrair madeira de lei do território de nossas comunidades; ação que consideramos ser equivocada, por defendermos que a área pertence há mais de cem anos aos moradores das comunidades;
5) Avaliamos que a medida da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará em expedir o Plano Operacional Anual (POA) ao Projeto Jari, viola acordo firmado em maio de 2013, onde ficou decidido e lavrado em ata, a decisão em não expedir autorização até a resolução sobre a questão fundiária; além de expedir o documento, há indícios de erros técnicos sobre a delimitação da área, ou sobreposição, que merecem ser investigados;
6) Do Grupo de Trabalho participam entre outros, os seguintes entes: Ministério Público do Pará (MPE), Instituto de Terras do Pará (ITERPA), Defensoria Pública do Estado do Pará, Secretaria de Direitos
Humanos da Presidência da República, Ministério da Justiça (Polícia Federal), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Federação doso Trabalhadores\as rurais do Estado do Pará (Fetagri), Grupo Orsa (atualmente Grupo Jari), Vara Agrária de Santarém;
7) A decisão em organizar o Empate
na madrugada do dia 23\24 tem como motivos
os elementos citados acima, além da luta, resistência,
sobrevivência da população extrativa das Comunidades de Repartimento dos Pilões e Vila Nova.
Associação
dos Micros e Mini Produtores Rurais e Extrativistas da
Comunidade de Repartimento dos Pilões e Vila Nova.
Rede Comunitária Almeirim em Ação (RICA)
Monte Dourado\Almeirim, Pará- Amazônia, 12 de janeiro de 2015
Rede Comunitária Almeirim em Ação (RICA)
Monte Dourado\Almeirim, Pará- Amazônia, 12 de janeiro de 2015
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